Muitas vezes, é comum ouvir pessoas reclamando de suas rotinas, do seu dia-a-dia no ambiente onde trabalha e de como estão cansadas de desempenhar as mesmas atividades. Desse ponto de vista, a entrada na aposentadoria soa quase como um sonho, a oportunidade de ter um tempo para dedicar a si mesmo, sem ter que se preocupar com os afazeres do emprego. Porém, é importante lembrar que deixar de trabalhar implica em uma grande reviravolta na organização da vida.
A maioria dos idosos que pode se aposentar, se aposentam de fato. Mas é preciso que consideremos a aposentadoria como um processo, um fenômeno de muitas fases de transição do trabalho remunerado, para o não remunerado. Por tal motivo, é preciso que haja um preparo para esse processo, de forma que quando a pessoa se aposentar, ela tenha um planejamento de como será sua vida dali para a frente.
Sabe-se que com o avançar da idade, muitas vezes fica mais difícil desempenhar algumas atividades, principalmente àquelas funções relacionadas com esforço físico. É preciso que haja uma preparação pessoal para deixar as funções realizadas até então. Da mesma forma, é preciso que haja uma preparação dentro da empresa em que se trabalha, que o auxilie a ocupar seu tempo e não se tornar tão ocioso.
Algumas associações e entidades cuidam desse planejamento para aposentadoria. O caso da ARPI, por exemplo (veja mais sobre a ARPI aqui!), associação de idosos que busca promover atividades de integração social, é um dos exemplos de associação que lida com o processo de aposentadoria, servindo como suporte para o envelhescente nesse processo, oferecendo novas possibilidades.
O que não pode é ficar parado!
Vários aposentados têm buscado novas atividades, como por exemplo o trabalho voluntário, que tem uma íntima ligação com o bem-estar durante a aposentadoria, restabelecendo o papel (sentir-se útil) e o capital social perdido pelo indivíduo quando este deixa o mundo do trabalho.
O prazer da aposentadoria está ligado com a realização de coisas satisfatórias e ter relações sociais satisfatórias também, tendo em vista que se tem mais tempo para estreitar os vínculos. É um tempo para buscar novas atividades, viagens, reencontro com os amigos, e tudo aquilo que os faça sentir bem!
Att,
Alexandra e Mariana
Referência:
Papalia, Diane E; Olds, Sally Wendkos. Desenvolvimento humano / Human development. Porto Alegre; Artmed; 2000. 684 p. ilus