segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Aposentadoria - Como lidar?!

Muitas vezes, é comum ouvir pessoas reclamando de suas rotinas, do seu dia-a-dia no ambiente onde trabalha e de como estão cansadas de desempenhar as mesmas atividades. Desse ponto de vista, a entrada na aposentadoria soa quase como um sonho, a oportunidade de ter um tempo para dedicar a si mesmo, sem ter que se preocupar com os afazeres do emprego. Porém, é importante lembrar que deixar de trabalhar implica em uma grande reviravolta na organização da vida.

A maioria dos idosos que pode se aposentar, se aposentam de fato. Mas é preciso que consideremos a aposentadoria como um processo, um fenômeno de muitas fases de transição do trabalho remunerado, para o não remunerado. Por tal motivo, é preciso que haja um preparo para esse processo, de forma que quando a pessoa se aposentar, ela tenha um planejamento de como será sua vida dali para a frente. 

Sabe-se que com o avançar da idade, muitas vezes fica mais difícil desempenhar algumas atividades, principalmente àquelas funções relacionadas com esforço físico. É preciso que haja uma preparação pessoal para deixar as funções realizadas até então. Da mesma forma, é preciso que haja uma preparação dentro da empresa em que se trabalha, que o auxilie a ocupar seu tempo e não se tornar tão ocioso.

Algumas associações e entidades cuidam desse planejamento para aposentadoria. O caso da ARPI, por exemplo (veja mais sobre a ARPI aqui!), associação de idosos que busca promover atividades de integração social, é um dos exemplos de associação que lida com o processo de aposentadoria, servindo como suporte para o envelhescente nesse processo, oferecendo novas possibilidades. 

O que não pode é ficar parado!

Vários aposentados têm buscado novas atividades, como por exemplo o trabalho voluntário, que tem uma íntima ligação com o bem-estar durante a aposentadoria, restabelecendo o papel (sentir-se útil) e o capital social perdido pelo indivíduo quando este deixa o mundo do trabalho.



O prazer da aposentadoria está ligado com a realização de coisas satisfatórias e ter relações sociais satisfatórias também, tendo em vista que se tem mais tempo para estreitar os vínculos. É um tempo para buscar novas atividades, viagens, reencontro com os amigos, e tudo aquilo que os faça sentir bem!


Att,
Alexandra e Mariana



Referência:

Papalia, Diane E; Olds, Sally Wendkos. Desenvolvimento humano / Human development. Porto Alegre; Artmed; 2000. 684 p. ilus





sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Religião e espiritualidade



Independente de em qual religião se acredita, alguns estudos têm mostrado que a religiosidade parece representar uma boa fonte de apoio para os idosos. 

As crenças se caracterizam por fornecer apoio social, encorajamento a levar estilos de vida mais saudáveis, criação de estados emocionais positivos e redução do estresse, o que, por sua vez, tende a auxiliar o bem-estar e amenizar a forma como os participantes deste grupo vivenciam a fase atual.


Aqui já foi retratada a importancia das redes de apoio (neste post, clique aqui!), e assim como as redes formadas por familiares e amigos, muitos idosos encontram na oração e no contato com Deus um forte ponto de apoio, que dá muitas vezes significado e sentido às suas experiências de vida.


Independentemente de se você reza o terço, ou se ora no culto, se medita, se acredita em Deus, se não acredita mas tem fé em alguma entidade ou força maior, o que os estudos demonstram é que existe uma associação positiva entre religiosidade ou espiritualidade e níveis de saúde, felicidade conjugal e bem-estar, tendo, consequentemente, uma associação negativa com suicídio, delinquência e abuso de drogas ou álcool. 



Portanto, seja qual for sua crença, acredite sempre e tenha fé!



Att,
Alexandra e Mariana 



Referência:

Papalia, Diane E; Olds, Sally Wendkos. Desenvolvimento humano / Human development. Porto Alegre; Artmed; 2000. 684 p. ilus.


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A importância do Apoio Social!




À medida que envelhecem as pessoas tendem a se afastar dos outros, passando a possuir, assim, uma rede de relações sociais menor. Seja devido ao fato de que os filhos começam a sair de casa e a família vai se segregando, ou pelo afastamento do ambiente onde trabalhavam (uma importante esfera de contato social) devido à aposentadoria.

Contudo, deve-se perceber a estrita relevância do apoio/contato social para as pessoas ao longo de seu desenvolvimento. As relações sociais tem ligação direta com a saúde do indivíduo; estudos mostram que o contato social positivo parece prolongar a vida das pessoas; uma vez que pessoas com amplas redes de apoio social se mostram menos suscetíveis à doenças e declínios cognitivos.
Pode-se dizer que os amigos e familiares são as figuras mais importantes da rede de apoio social do idoso. A construção de grupos de amizades na terceira idade é muito benéfica, uma vez que o apoio emocional contribui para o bem-estar do sujeito e para com que enxergue satisfação na vida.

Através do contato interpessoal em grupos, como os grupos oferecidos por instituições como a ARPI (citada neste post, clique aqui!), os idosos podem trocar experiências, dividir suas histórias, e até mesmo descobrir novas paixões. Além disto, os grupos se mostram como uma forma excelente de apoio uma vez que minimizam o sofrimento, pois quando compartilhamos sentimentos e sensações, os danos/traumas de situações vividas e sentidas durante a terceira idade se tornam “menos pesados”.

Assim, um grupo é um espaço de desenvolvimento pessoal e de diversão. Os idosos que participam de grupos e possuem uma ampla rede de amizades e contato social, estão em busca de um desenvolvimento psicossocial saudável. Além disto, eles estão quebrando estereótipos/preconceitos, uma vez que mostram o quanto o idoso pode ser ativo, sociável e feliz. 



Para saber mais sobre a importância da amizade na Terceira Idade assista aos vídeos:





Att, 
Alexandra e Mariana



Referência:

Papalia, Diane E; Olds, Sally Wendkos. Desenvolvimento humano / Human development. Porto Alegre; Artmed; 2000. 684 p. ilus.



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"Quem canta seus males espanta"


Dentre as atividades oferecidas pela ARPI (citada neste post, clique aqui!) estão as oficinas de músico terapia e o Coral Rouxinol, práticas muito importantes e que beneficiam o desenvolvimento do idoso. 

A voz se apresenta como um importante elemento da comunicação humana e reflete o estado psicológico e emocional do sujeito. Tocar um instrumento musical e cantar são atividades que contribuem para com o desenvolvimento do ser humano, pois atuam na construção cultural, no aperfeiçoamento de habilidades, e são exercícios que requerem a memória.

Uma vez que se torne compreensível que o desenvolvimento ocorre em todas as idades, acabando apenas com a morte, é possível entender que o ser humano deve então estar inserido em um contínuo processo de aprendizagem, readaptação e reciclagem. Neste sentido, a educação musical tem se dirigido à  terceira idade, como ocorre na ARPI.

Coral Rouxinol se apresentando no Encontro de Corais da Cidade de Natal
Fonte: emdianoticias.blogspot.com.br

A música se faz importante na idade adulta avançada principalmente por se apresentar como uma excelente forma de expressão, como linguagem. E não se apresenta apenas como um mecanismo de aprendizagem/aquisição de novos conhecimentos, mas é tida como uma atividade que proporciona saúde mental e física além de que reaproxima os idosos afastados dos grupos sociais (ressocialização).

De acordo com Zanini (2003) em se tratando do cantar em grupo, observa-se que há um significado muito especial para a maioria dos idosos, pois a possibilidade de reconhecer suas potencialidades faz com que este “canto” traga a auto-expressão, o auto-conhecimento e a auto-realização, pontos que passam a ser fortalecidos pelas relações inter-pessoais.

Assim, o coral é uma atividade que assume uma compreensão psicossocial, além de musical, pois tem um caráter integrador e socializador. Por meio dessa atividade o indivíduo, juntamente com o seu grupo, se torna capaz de aprender a valorizar a escuta interior e a escuta do outro, além de transmitir ideias, mensagens e de desenvolver uma postura adequada em público.

Coral Rouxinol se apresentando no Encontro de Corais da Cidade de Natal
Fonte: emdianoticias.blogspot.com.br


Sendo assim, são inúmeros os benefícios do canto para a melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa. Além disto, é necessário compreender que quanto mais uma pessoa exercita sua mente, maiores possibilidades terá de mantê-la ágil e receptiva. Desta forma, toda prática de atividade regular e saudável que, principalmente, seja prazerosa para o indivíduo, se faz imprescindível.



Att, 
Alexandra e Mariana




Referências:

RABELO, Thais. O Canto Coral Como Prática Educativo-musical na terceira idade.  In: Colóquio Internacional "educação e contemporaneidade", 5, 2011, São Cristovão.  On line (http://www.educonufs.com.br)

ZANINI, C. R. O. - Envelhecimento saudável - o cantar e a gerontologia social. Revista da UFG, Vol. 5, No. 2, dez 2003 on line (www.proec.ufg.br)


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ageismo - preconceito contra idosos

O preconceito, de forma geral atinge àqueles que de certa forma representam alguma diferença dos demais. Preconceito contra classe social, sexo/gênero, raça, religião; são diversas as formas de descriminação existentes, bem como, as formas de expressar esse preconceito.


Ainda pouco divulgado, mas já existente, inclusive no Brasil, o Ageismo é o preconceito associado à alguns grupos etários, especialmente o grupo dos idosos. Esse tipo de preconceito não parte só da sociedade de forma geral, ele pode ser gerado pelo Estado, por amigos e até familiares do idoso. Chega a ser contraditório que em um contexto no qual temos um país com população idosa crescente, fator indicativo de qualidade de vida, não se aprecie e respeite a classe envelhescente. Um dos motivos prováveis para esse preconceito é a comum associação da velhice com morte e a tentativa quase que desesperada de recuperar a juventude, retardando o envelhecimento.



A verdade é que a expressão do ageismo ocorre de maneiras distintas, podendo acontecer por vias agressivas e até mesmo violentas, ou mesmo pelo cuidado excessivo e visão de que o idoso não possui mais capacidade para lidar com certas competências do lar devido à sua idade avançada. Nesse segundo caso, é preciso que se obedeça o limite entre o respeito com a condição do idoso, mas também a autonomia do mesmo, para que ele se sinta útil e integrado ao contexto em que se insere. 






No que se refere às formas de discriminação pautadas pela violência, destacam-se questões como o abandono, negligência, agressão física e desrespeito. Estudos realizados em diferentes locais demonstram resultados similares entre os idosos respondentes nos EUA, Portugal e Brasil, caracterizando o ageismo tanto em ações mais sutis, como contar uma anedota sobre idosos, até ações de violência física. (Para ler artigo sobre o assunto, clique aqui!)




Sobre a violência e os maus tratos ligados à pessoa idosa, estes são existentes há muitos anos, porém só ganharam destaque nas discussões no contexto brasileiro recentemente. Um dos destaques do tema ficou por conta da novela Mulheres apaixonadas, exibida em 2003, que retratou os abusos da neta Dóris aos seus avós Flora e Leopoldo. A novela foi responsável por aquecer a discussão sobre os abusos e negligências contra os idosos, levando o assunto à população.





É preciso que se ressalte que existem violências e não só um tipo específico, aspecto que vale para o conceito de violência de forma geral, não se restringindo à violência presente em algumas expressões do ageismo. Mesmo com a pouca quantidade de literatura sobre o tema, já se pode traçar um perfil dos idosos atingidos pelo ageismo: mulheres, acima de 75 anos, que possuem algum tipo de dependência física e/ou psicológica, vivem com seus familiares e demonstram nas relações interpessoais serem pessoas passivas e complacentes. Em contrapartida, o perfil dos agressores entra como filhos e/ou pessoas que possuem estreita relação com o idoso, apresentam algum problema psicológico, são dependentes de álcool e outras substâncias psicoativas. 



Portanto, denuncie qualquer ação de ageismo e procure respeitar o grupo dos idosos SEMPRE!





Att, 
Alexandra e Mariana 



Referências: 

Araújo, Ludgleydson Fernandes de, & Lobo Filho, Jorgeano Gregório. (2009). Análise psicossocial da violência contra idosos.Psicologia: Reflexão e Crítica22(1), 153-160.)


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Idosos on-line!

Diferentemente do que o público geral pode vir a pensar, a internet tem se tornado um novo campo de interação para os idosos. Enquanto alguns ainda têm dificuldade para acessar o meio virtual, muitos outros não se afastaram da tecnologia só por causa do avanço da idade, muito pelo contrário, as experiências adquiridas com a terceira idade têm sido compartilhadas na rede de forma exemplar.



É importante salientar que além de funcionar como veículo informacional, a Internet serve como possibilidade para ampliar as relações sociais, tendo em vista o avanço das redes sociais que aumenta as possibilidades de encontrar amigos distantes (e revitalizar essas amizades) e de conhecer pessoas novas. Sobre amizades na Terceira Idade, veja este post.

domingo, 25 de novembro de 2012

Associação Riograndense Pró-Idosos - ARPI

O número de Idosos no Brasil tem sido crescente ao longo dos anos, dados IBGE mostram que o país está se configurando como um país marcado pelo envelhecimento, e isto é muito bom, pois representa a melhoria na qualidade de vida da população! Contudo, é necessário perceber que apesar das inúmeras mudanças, ainda existem poucas ações públicas/planejamentos adequados para lidar com a situação de vida da pessoa idosa.

Em se tratando da esfera psicossocial do desenvolvimento, é importante que sejam desenvolvidos mais espaços de interação, integração entre os idosos, ambientes de lazer e  no qual possam manter-se ativos e receberem não somente apoio médico, mas também social.

Dentre os campos voltados para atuação com os idosos na cidade de Natal-RN, destacamos a relevância da  Associação Riograndense Pró-Idosos - ARPI



A ARPI  é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo uma melhor qualidade de vida da pessoa idosa, proporcionando bem-estar bio-psico-social e oferecendo serviços na modalidade atendimento dia, das 7:00 as 17:00 horas de 2ª a 6ª Feira.

A associação foi criada em 31/05/1988  pela atual coordenadora Nazilda Maria Dutra Bezerra.

Nazilda Dutra em encontro com Idosos na Praça Gentil Ferreira.
Fonte: Tribuna do Norte

A associação atende pessoas com idade a partir de 55 anos e oferece atividades físicas (hidroginástica, ginástica adaptada para idosos); de atualização cultural; músico terapia; coral; literatura de cordel; passeios; viagens; recreação; momentos de religiosidade, entre outros.

Comemoração do Dia do Idoso com direito a forró, ginástica e mesa de frutas.
Fonte: Tribuna do Norte

Baile de Carnaval.
Fonte: sargentoregina.blogspot.com

Baile dos comprometidos
Fonte: associacaoriograndenseproidoso.blogspot.com.br

Apresentação de Grupo de Literatura de Cordel
Fonte: associacaoriograndenseproidoso.blogspot.com.br


Para nós, que vivenciamos um período de inserção na instituição, fica claro o papel de apoio que a ARPI desempenha para seus usuários. Como relatado por muitas senhoras que a bastante tempo participam das atividades oferecidas na associação, a ARPI é um ambiente no qual as pessoas podem interagir, sem distinção de classe; se divertir; conversar e esclarecer questões de ordem médica; contribuindo então para a minimização dos problemas e auxiliando no contato social. Sendo assim, contribui de forma extremamente positiva para com o desenvolvimento psicossocial do idoso.


O prédio da ARPI está na Rua Estácio de Sá, 1810 - Lagoa Nova - Natal/RN 
Para contato: Fone (84) 3213-3909 ou Email arpi.rn@ig.com.br



Att, 
Alexandra e Mariana